terça-feira, 30 de junho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Maior Aula do Mundo


No dia de 22 de Abril realizou-se na nossa Escola a Maior Aula do Mundo, uma das actividades da Semana de Acção Global pela Educação (SAGE), promovendo a “Grande Leitura, abre um livro, abre o mundo”. Esta acção teve como objectivo promover a Educação enquanto Direito Humano, exigindo aos governos e à comunidade internacional que cumpram as suas promessas de disponibilizar educação primária gratuita, obrigatória e pública a todas as pessoas, particularmente crianças, mulheres e sectores desfavorecidos da sociedade. Esta campanha reúne organizações da sociedade civil e ONG's, sindicatos da Educação, centros escolares e movimentos sociais diversificados, em cerca de 150 países de todo o mundo, contando assim com uma singular capacidade de mobilização da sociedade civil. Portugal associou-se a esta campanha e a nossa Escola também.

EFA 1ASEC


"No fim de tudo foi uma aula de emoções, de partilha e de muita responsabilidade por ter de fazer a ponte entre a nossa realidade e a realidade com que fomos confrontados. Não no sentido de ter um sentimento de pena mas por ter ficado com o sentido de responsabilidade de que podemos fazer sempre alguma coisa e chegar à conclusão que o acesso à educação é um direito de todos, e que só assim as diferenças podem ser atenuadas. Se mais não podermos fazer, cabe-nos aproveitar a oportunidade de novamente fazermos parte da Escola."

Carla Machado

"A maior aula do mundo realizou-se no dia 22 de Abril de 2009 na Escola Secundária de Vizela em parceria com outras escolas espalhadas por mais de cem países. Na nossa escola foi organizada pelos Professores Manuel Abreu, Lurdes Abreu, Élodia Canteiro e Sandra Silva. Infelizmente, em virtude de compromissos profissionais não pude estar presente neste grande evento! Mas, através dos relatos dos professores e colegas de turma, apercebi-me das emoções partilhadas neste dia. Que realidade tão cruel! Ainda existem no mundo tantas crianças e adultos, sem o direito à educação."
António Gomes

"A Maior Aula do Mundo foi o espaço de verdadeira união! Uma Aula só o é quando todos, “Professores” e “Alunos” contribuem! Assim aconteceu, ninguém se demitiu da sua função! A aula, seja ela qual for, tem sempre uma missão, envolver-nos nos assuntos, responsabilizar-nos e dar-nos a opção da escolha! Assim se constrói a Liberdade de cada um. A tudo isso assisti com uma carga emotiva que nunca antes tinha sentido. Todos nos preocupamos, todos nos emocionamos e todos levamos para casa como presente, a Esperança de, com várias leituras, sermos capazes de produzir a Nossa Própria Leitura de Nós e do Mundo! Agradeço a todos que nesse dia foram meus professores e a todos que generosamente foram meus alunos."

Lurdes Abreu

"Achei este dia fantástico, adorei tudo desde princípio a fim. É difícil expressar o turbilhão de sentimentos destes dias. É pena muitas pessoas acharem que estes cursos EFA são apenas para passar tempo. Estamos cá para aprender o que ainda não sabemos e para ensinar também, pois aprendemos uns com os outros. E este dia foi mais uma lição que nos enriqueceu. Assim como a leitura nos enriquece muito. Ler é Educar... como viver a Escola sem abraçar o Livro?"
Isabel Ribeiro

"Na Maior Aula do Mundo gostei muito da partilha. A Leitura foi o pretexto que uniu várias pessoas e várias idades. Os testemunhos de pessoas que poderiam ser meus avós, trouxeram-me o entusiasmo, a abertura para ler mais, aprender mais. Foi importante chamar a atenção para realidades onde o direito à Educação não passa de uma realidade virtual. Ao partilhar com todos leituras que fiz, senti-me valorizada, mas tomei consciência de que muito está para Ler e por fazer!"

Rosa Maria

"A Maior Aula do Mundo foi um dia cheio de grandes emoções, de alegria, de ansiedade e de alguns nervosismos que sentimos uns mais do que outros, foi um dia a não esquecer, aprendemos muito, principalmente com pessoas com mais experiência. Com o testemunho da D. Elvira, invisual e uma das representantes da Universidade Sénior, senti-me “encolher”, como senti o dever de agradecer a dádiva de mergulhar nas letras, nas palavras, nas frases, nas histórias, nos Livros! Adorei a Aula!"

Mariana Teixeira

"No decorrer da Maior Aula do Mundo ao ouvir o testemunho de cada um e a proximidade que envolvia todos os presentes e o sentimento perturbador que todos faziam transparecer, despoletou em mim a necessidade de partilhar com todos a emoção que me invadia. Estava particularmente sensível e as palavras não saíram facilmente, contudo meio atrapalhada senti que todos entenderam a razão da minha intervenção espontânea – tudo pela Educação para todos, tudo pela Leitura, enquanto caminho de encontro connosco e com o Mundo."

Cristina Alves

"Orgulho, satisfação, nervosismo, ansiedade, alegria, foi tudo o que senti na Maior Aula do Mundo, mas o mais importante de tudo é saber a sorte que tenho por ter oportunidade de poder viver tudo isto."

Fernanda Ferreira

"A Maior Aula do Mundo foi um momento de partilha de experiências de vida e de leituras que fazemos do mundo. Foi o reconhecimento por parte de cada um de nós de como o acto de ler influencia profundamente a nossa experiência da vida! A Leitura e a Educação são os caminhos para a dignidade humana."

António Bento

"A maior aula do mundo, fez com que eu interiorizasse o quanto somos bafejados pela sorte. O simples facto de saber ler e escrever é realmente um privilégio. Damos-lhe pouca importância porque nunca sentimos a sua falta; não nos imaginamos privados desse prazer. Em resumo, como em muitos aspectos da vida, só damos importância ao que não temos, quando devíamos valorizar o que já possuímos."
José Manuel Pedrosa

"Foi um momento único na minha vida escolar. Com a Maior Aula do Mundo aprendi muita coisa e, sobretudo, percebi que há várias formas de aprender! Com a participação dos meus colegas fiquei deliciado, por partilharem com todos os presentes os frutos de tantas horas de preparação. Tanto que a leitura e os livros têm para nos revelar!"

Daniel Leite

"Nesta Maior Aula do Mundo falei, ouvi..., houve troca de emoções e todos partilhamos com o Outro a nossa experiência de vida! Ficamos mais ricos, mais conscientes do que é Ser! Aprendi que ao libertar-mo-nos intelectualmente, poderemos ser um infinito de saberes! Ler é aprender!"
Joaquim Pedrosa

"A aula para mim foi muito importante. Consegui assimilar muita informação que me serve como exemplo de vida. Destaco os testemunhos do Sr. Orlando que, tendo frequentado com sucesso um Curso EFA, hoje se encontra na Universidade a tirar um curso superior, e da Dona Elvira, para quem, por ser invisual, a leitura se faz ouvindo! Cada vez mais fico com a certeza que se aprende muito na escola e na vida, e a Leitura acompanha ambos os percursos."

Fernando Martins

"A propósito da Maior Aula Do Mundo, a nossa turma tentou mostrar aos presentes a importância da leitura nas nossas vidas. Leitura significa Liberdade. Cada um tem o direito de escolher as suas leituras, mas através dela cada um de nós fica mais consciente de Si e do Outro. Leitura não significa apenas ler letras numa folha, mas sim, fazer a sua própria leitura, de um quadro, de uma conversa, de uma imagem, de Nós e do Mundo!"

Roberto Faria

"A maior aula do mundo foi um momento único de partilha que jamais esquecerei!"

Paula Pereira

Cada leitura que fazemos é uma oportunidade de vivermos uma outra vida, de identificarmos ou rejeitarmos um mundo que até poderá ser nosso...
Na maior aula do mundo, reflectimos acerca de oportunidades que muitos não têm.
Ou porque não podem, ou porque não querem...

Ainda bem que sabemos ler e que estamos aqui.
Ainda bem que partilhámos as nossas vivências.
Estamos a alimentar o nosso cérebro.
Estamos a criar novas oportunidades a nós próprios.
Estamos a crescer como seres humanos!

Fátima Antunes

quinta-feira, 25 de junho de 2009

As Nossas Leituras


História passada numa praia, entre um menino e uma mulher. O menino não sabia o que era um Guerreiro de Luz! A mulher diz-lhe que é aquele que procura entender o milagre da vida e luta até ao fim por algo em que acredita. O contacto com pensamentos e ditados antigos é uma garantia!

António Gomes

No livro, António Lobo Antunes – um dos mais importantes escritores de língua portuguesa – cria um quebra-cabeças fascinante, que aos poucos se vai revelando. Numa noite em claro, entre a meia-noite e as cinco da manhã, personagens diversas relatam tudo o que pensam, enquanto a insónia permite e passa-se numa única noite em que ninguém dorme.

Cristina Alves
Este diário tornou-se um dos mais importantes e comoventes depoimentos contra a guerra, a injustiça e a crueldade dos Homens, e também um dos mais puros documentos psicológicos que todos, e em especial os jovens, deviam ler.

Carla Machado


Como seria a nossa vida sem as novas tecnologias, como sobreviveríamos a um mundo sem luz eléctrica, sem um colchão, sem uma TV, sem telemóvel e muitas das coisas que agora pensamos que seria impossível viver sem elas?

Daniel Leite

Realidade cruel! Uma cultura que pensamos já não existir. As mulheres são condenadas à morte “para limpar a honra da família”. Condenadas pelos próprios pais, as que conseguem sobreviver têm que viver noutro país, com medo de serem encontradas. Mesmo passados muitos anos, se um familiar souber que ainda estão vivas, correm risco de vida.

Fernanda Ferreira

A dor e a solidão das mulheres que sonharam com a vida de casadas como remédio para todos os males. No entanto, de um dia para o outro, vêem-se submersas em todos os males. Pode ser uma ajuda para casais com problemas de comunicação. A importância de melhor compreender as mulheres!

Fernando Martins

Um menino “ homem”, que sofre de uma doença fatal e que desde pequeno era incrível, fantástico e amado pela sua família. A sua leitura proporciona-nos momentos de sorriso e momentos de choro. Uma história verídica sobre uma tragédia que pode acontecer a qualquer um de nós!

Isabel Ribeiro

Um retrato da nossa sociedade e do mundo em que “nós” vivemos agora. Se cada indivíduo quiser ter o seu “Queijo”, terá que lutar por ele e adaptar-se a todas mudanças. "Reparar atempadamente em pequenos pormenores faz com que nos preparemos para as grandes mudanças vindouras!"

Joaquim Pedrosa

Este livro de Maria Teresa Gonzalez retrata o mundo das drogas e a indiferença de alguns pais que só se percebem os problemas dos filhos quando já é tarde demais. Aborda, também, tudo o que os pais deveriam saber para entender os filhos e os sinais de que algo está mal e é preciso agir.

Mariana Teixeira

São várias as aprendizagens de vida! Qual o verdadeiro sentido do Natal? Será o dinheiro gasto em comida, em presentes? Será o “stress” das compras? Ou será olhar para quem está ao lado, a família, o vizinho, o amigo? Aprendi que dar mais de nós não significa gastarmos dinheiro, mas sim, partilhar os nossos sentimentos e ajudar os outros sem pedirmos nada de troca.

Roberto Faria
História de uma aldeia que irá ficar submersa pelas águas de uma barragem. Embora esta aldeia seja fictícia, a sua descrição muito se aproxima com a aldeia da Luz que ficou submersa pela barragem da Alqueva. Relatam-se tradições das nossas aldeias, a vida de antigamente, a tristeza dos que preferiam morrer a ver a sua aldeia ser engolida pelas águas.

Rosa Teixeira

A leitura desta obra pode ser a solução de muitos problemas da adolescência e pode ajudar os jovens, amigos e familiares a lidar melhor com esta fase que pode deixar marcas irreversíveis quando não há compreensão.

António Bento


É imperativo que cada um de nós reflicta sobre as suas origens e os nossos antepassados e, neste caso em particular, quem ler este livro irá encontrar uma civilização muito mais evoluída do que a nossa, no que concerne ao respeito mútuo pela natureza.

José Pedrosa


"Tudo são evidências nos textos e nos debates, nas políticas e nas reformas educativas. Ninguém tem dúvidas. Todos têm certezas. Definitivas. Evidências do senso comum. Falsas evidências. Continuamente desmentidas. Continuamente repetidas."

António Nóvoa

E se de repente a humanidade fosse banida do Planeta? Os humanos tornaram-se os maiores predadores, pela sua capacidade de evolução, nomeadamente, na construção de armas. Se no início da humanidade caçavam para sua alimentação, posteriormente o homem começou a caçar, para demonstrar as suas capacidades e exibi-las em público como troféus levando à extinção de inúmeras espécies.
EFA 1A Sec 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Leitura de Nós


“Para o homem naturalmente bom, não há gosto mais sensível que o de poder satisfazer ou aclarar o espírito dos demais. A isto, se pode ajuntar que este exercício é naturalmente seguido da sua justa recompensa, porque é quase impossível que não produza alguma vantagem a quem o pratica. A lição dos livros e as diversas ocorrências da vida, enchem-nos todos os dias de matéria para cuidar e reflectir e é muito natural desejarmos que os nossos pensamentos e ideias sejam revestidas de palavras, sem as quais é dificultoso que se possa ter uma ideia clara e distinta."
PIWNIK, Marie-Hélène, cit. por LOUREIRO, Olímpia – Práticas de leitura e familiaridades com textos escritos no século XVIII: alguns exemplos portugueses