“Para o homem naturalmente bom, não há gosto mais sensível que o de poder satisfazer ou aclarar o espírito dos demais. A isto, se pode ajuntar que este exercício é naturalmente seguido da sua justa recompensa, porque é quase impossível que não produza alguma vantagem a quem o pratica. A lição dos livros e as diversas ocorrências da vida, enchem-nos todos os dias de matéria para cuidar e reflectir e é muito natural desejarmos que os nossos pensamentos e ideias sejam revestidas de palavras, sem as quais é dificultoso que se possa ter uma ideia clara e distinta."
PIWNIK, Marie-Hélène, cit. por LOUREIRO, Olímpia – Práticas de leitura e familiaridades com textos escritos no século XVIII: alguns exemplos portugueses