segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os contrastes das paisagens e do povoamento em Portugal

Portugal é um país de contrastes, que se observam tanto na paisagem como no povoamento e no desenvolvimento económico. O relevo apresenta uma vigorosa oposição entre as duas metades separadas do rio Tejo. A Norte, mais montanhoso e com profundos vales, e a sul, dominado por planícies onduladas e bacias de depressão. O curso do Tejo actua como uma linha diferenciadora entre duas realidades, a do Norte e a do Sul. A população portuguesa distribui-se de modo irregular no território, a densidade média de população é superior onde o clima e as características do solo favorecem historicamente a proliferação da agricultura e o povoamento, diminuindo para valores sensivelmente mais baixos no Sul. São diferentes os usos impostos ao solo, aproximadamente um terço da superfície nacional é cultivável, a norte, o principal cultivo é a videira que produz vinhos de fama internacional e a Sul pelas regiões mais secas, predomina a oliveira, o trigo.São diversos os tipos de ocupação do homem no território, tanto na dimensão como nas características. Cada cidade tem uma estrutura urbana que é construída por diferentes áreas funcionais diferenciadas conforme a predominância das funções. No núcleo da cidade concentram-se os serviços, tendo a sua volta o comércio, seguido da habitação e numa auréola mais exterior a indústria e bairros fronteiriços, sendo a sua maior funcionalidade o dormitório. Nas regiões costeiras localizam-se as mais populosas cidades do país, Lisboa e Porto, que actuam como principais áreas receptoras da corrente migratória. A concentração de populações, fazia-se nas encostas por uma questão de defesa e também de comércio e transporte de produtos via marítima, enquanto no Norte interior, Braga, Coimbra e Viseu, entre outras, um dos motivos de atracção de populações era o caso das minas, matérias-primas ou fontes de energia. A riqueza natural que envolve a nossa cidade e que se espalha pelo concelho é digna de nota, proporcionando bons momentos ao ar livre. Tal, passa pela preservação das vias de comunicação propícias às caminhadas, proporcionando a todos um contacto com a natureza e com as culturas das regiões visitadas, sem esquecer a possibilidade do visitante desfrutar das actividades.


A melhoria das vias de acesso, seja pela construção de novas estradas ou da implementação de novos meios de transporte, tais como o teleférico ajudam a atrair visitantes em busca do meio rural e urbano. Este movimento de pessoas, motivado por atracções turísticas e de lazer, não só é um privilégio para os visitantes como também o é para os agricultores, comerciantes e proprietários de restaurantes das zonas valorizadas, pois é tudo criado a pensar na vida dos cidadãos, não deixando de ser um atractivo para os visitantes que vêm do espaço urbano e pretendem conhecer o meio rural, desfrutando de umas férias relaxantes em contacto com a natureza. São locais como estes que fazem destes lugares tão especial para viver ou visitar e…descobrir! A urbanidade está profunda e sistematicamente estudada. Das formas construídas à estrutura urbana, da economia aos aspectos sociais, a cidade foi analisada nas suas razões, princípios e vivências. Nas zonas rurais, normalmente o povoamento é feito por casas à volta da Igreja, fonte que costuma situar-se na praça principal da aldeia ou vila, espaço relacionado e direccionado para o cultivo da terra e sendo esta o maior meio de subsistência. Sociologicamente predominam os fortes laços de parentesco, tendo a família, um significado social muito grande, e as óptimas relações de vizinhança constituem a base tradicional da solidariedade. Santa Eulália, terra de meus pais e avós, onde nasci e cresci, é ainda hoje, uma aldeia cheia de tradições. As diferentes formas de estruturar a ocupação do espaço resultam de utilizações e de princípios diversos de agir no território. São vivências e maneiras de fazer características únicas. Um fenómeno observável é o movimento urbano que tende a alastrar-se no mundo rural onde não deixa de se dar o intercâmbio social, regional e nacional devido ao trabalho, à especialização das culturas, das facilidades de transportes, de todo o movimento que predomina na cidade.


Portugal conta hoje com uma população que ronda os dez milhões de habitantes. O sonho dos portugueses numa vida melhor passou a estar do outro lado da fronteira Os factores económicos podem ser decisivos na explicação de grande parte das situações de exclusão social, consequentemente também a dimensão económica da integração, assume uma importância crucial, quer na perspectiva da inserção, ou seja, o procedimento assumido pelos indivíduos e famílias, quer na da inclusão que é a mudança da sociedade que reforça e abre as oportunidades que oferece aos seus membros. O homem só consegue sobreviver e realizar-se desde que integrado na sociedade, logo, é natural que a sua primeira preocupação seja em conseguir ser aceite no meio em que pretende viver. O homem e as instituições fizeram sempre relações públicas no sentido de obterem aceitação social e um dos processos indispensáveis de que ele se serviu para o conseguir, foi e continua a ser a comunicação. É através de uma língua que podemos comunicar com os outros.

Tó Bento