sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Presentomania

O natal tornou-se a época festiva por excelência para o consumo. Num mundo globalizado, toda a gente é convidada a participar na festa, gastando as economias de forma irracional e a contento das grandes empresas comerciais. Muitas pessoas vivem hoje praticamente em centros comerciais onde são constantemente bombardeadas com convites para comprar. Os meios de comunicação social, que costumavam ter um conteúdo misturado de informação e de marketing, estão a evoluir no sentido de se tornarem pura propaganda publicitária.


Este estado das coisas devia levar-nos a pensar se não estaremos a ser manipulados por interesses que nada têm a ver com o espírito de natal. É que para o capitalismo, o Natal não significa nada, absolutamente nada, para além de lucros astronómicos. Claro que não podemos deixar simplesmente de consumir porque disso dependem, em última análise, os nossos empregos e a própria sobrevivência económica da sociedade, mas um pouco de moderação e de simplicidade nas ofertas que fazemos, parecem ser mais do que acertadas.


Oferecer produtos locais é uma excelente forma de satisfazer o nosso desejo de dar alegrias aos outros. Aliás, se nos lembrarmos que as ofertas dos Reis Magos ao Menino Jesus vieram das terras onde eles viviam, oferecer uma peça de artesanato local, uma especialidade da doçaria regional, enfim, um produto da terra, é algo bem mais de acordo com o espírito de natal. E se não comprou nada para oferecer, uma palavra de afecto é quanto basta para fazer alguém feliz!

José Pedrosa
ESCV CNO 2009

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Os Sabores do Natal

O Natal continua a ser a festividade mais popular. No Norte, é a grande festa da família. Apesar de o Natal ser hoje celebrado em quase todo o mundo, as suas tradições variam de país para país, de religião para religião, conforme os usos e costumes. Para os Cristãos, o Natal significa o nascimento de Jesus, e esta quadra proporciona a reunião de familiares e amigos à volta da mesa, compartilhando alegremente uma refeição.

A gastronomia, parte importante da cultura de um povo, não podia deixar de ter as suas tradições natalícias e, tanto os ricos como os pobres, os que vivem nas cidades como os que vivem no campo, apreciam uma gastronomia especial nesta altura do ano.

Em Portugal, seguem-se muitas das tradições herdadas dos nossos antepassados, embora com especialidades próprias de cada região do país. A Consoada na região de Entre Douro e Minho é o mais típico repasto do Natal português: bacalhau da Consoada, polvo guisado, bolinhos de bacalhau, que são uma delícia acompanhados de esparregado de nabiça, sem falar na abundância de bolos, doces e fritos. Ainda no norte do país, em Trás-os-Montes, Alto Douro e Beiras, a Consoada assemelha-se bastante à do Minho. Tanto na Costa Verde como na região das Montanhas as tradições religiosas estão ainda muito arreigadas, pelo que a Consoada tem lugar antes da Missa do Galo. Em contrapartida, no Alentejo ceia-se depois da Missa do Galo. Nesta região de Portugal, a criação do porco ainda continua a ser uma tradição e não podia faltar na mesa de Natal o porco frito, embora o bacalhau com couves comece também a tornar-se um costume. No Algarve, escolhe-se o bacalhau cozido com couve e o peru ou galo capão recheado com frutos secos e presunto. Já nos doces, o arroz doce, as rabanadas “antigas”, os sonhos e as filhós preenchem a mesa.

Desde o século XIX que um bolo especial tem vindo a conquistar o coração e a mesa de Natal dos Portugueses: o Bolo-Rei, um ex-líbris da gastronomia natalícia portuguesa.
Rosa Maria
ESCV CNO 2009

O Voluntário

O tema do meu cartaz é o “voluntariado”. Escolhi este tema porque faço trabalho de voluntariado e, desta forma, posso dar o meu testemunho de forma mais concreta. A minha experiência levou-me a desafiar as pessoas para exercerem um acto bondoso, para educar as pessoas para a solidariedade, para fortalecer a atitude de quem deseja fazer o bem de uma forma concreta, eficaz e permanente, através do voluntariado.

O voluntariado é uma causa nobre que traz também benefícios para o próprio voluntário, principalmente pelo facto de desenvolver a liderança, o sentido ético e a criatividade; ganhamos ainda determinação, empenho e responsabilidade na nossa acção. Estarmos presentes na vida daquele que mais precisa, no coração e no pensamento de alguém fragilizado, é uma experiência que contribui para a realização social e pessoal do ser humano.

Altruísmo e solidariedade são os valores morais fundamentais da sociedade. Do ponto de vista religioso, acredita-se que praticar o bem salva a nossa alma. Numa perspectiva mais social, pensa-se que estes valores são necessários à coesão social e ao progresso do homem. A caridade e o compromisso são também aspectos muito importantes na adesão ao movimento do Voluntariado. Não se deve esquecer, como já afirmei, o valor que estas atitudes e acções têm para o crescimento interior do próprio indivíduo.
António Bento
ESCV CNO 2009

SMS Pessoal ou Global ?

Decidi fazer um cartaz sobre as mensagens que se enviam na altura de Natal, pois nesta época o recurso a estas mensagens é ainda mais exagerado. É um apelo para que a cada mensagem corresponda uma intenção, verdadeira e generosa, pois julgo que de outro modo essa mensagem não fará sentido.

A cada dia que passa recebo cada vez mais mensagens, muitas desnecessárias e de que não gosto. E julgo que ninguém deve gostar é de receber mensagens repetidas, aquelas que se mandam a toda a gente e que se podem descarregar, mediante um "pequeno" pagamento, para o telemóvel. Com estas novas tecnologias da comunicação, onde as mensagens de qualquer rede são ou dizem ser gratuitas, é cada vez mais natural receber e enviar mensagens de todos e para todos os que nos rodeiam, mensagens de informação, de publicidade e mensagens de amizade. “No ano passado por altura do Natal, andaram a circular de telemóvel em telemóvel mais de 628 milhões de mensagens escritas de boas festas. Os portugueses estão rendidos a esta forma de comunicar e é agora nas festas que o utilizam mais amplamente.Uma nota para o facto importante de que estas mensagens sobrecarregam as redes e podem dificultar o envio de mensagens e chamadas urgentes.

A meu ver, é claro que as operadoras comerciais estão empenhadas e muito interessadas na "globalização das mensagens". A falta de originalidade das pessoas também faz com que usem mais essas "receitas", impessoais e estereotipadas, enviando-as todos os anos para todos. Muitas pessoas têm a intenção de comunicar um pensamento ou sentimento, mas não se sentem capazes de o expressar e reproduzi-los na mensagem, daí que recorram às palavras de outros. Neste sentido, até percebo que o façam, mas seria preferível optar por uma mensagem mais simples e mais autêntica.

Na altura do Natal, o desejo mais comum é querer estar com todos ao mesmo tempo, amigos e colegas, clientes e fornecedores, esquecendo-nos muitas vezes que na noite de Natal deveríamos ter um jantar em família, em vez de passarmos esse tempo com o telemóvel na mão, mandando mensagens e não dando o devido valor aos que estão à mesa connosco.

Roberto Faria
ESCV CNO 2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vitrina de Natal


Na noite de Natal, eu e os meus primos saímos à rua para procurar os sem-abrigo e distribuir presentes. Os presentes são agasalhos, doces e comida e, sobretudo, muita alegria. Em vez de estar em casa a lutar contra o sono até à meia-noite porque não sair à rua e divertir-se a fazer algumas pessoas felizes?

Esta tradição começou na nossa família quando o meu avô soube que um grande amigo da família tinha acabado de chegar à rua, pois ficou na ruína. O meu avô soube-o na noite de Natal de 1986 e saiu à rua a procurar o seu amigo pelas ruas de Guimarães. Encontrou-o rodeado de outros mendigos em frente a uma loja de telecomunicações a ver televisão através da vitrina para passar o tempo. O meu avô trouxe o amigo para casa e voltou a sair com comida e agasalhos para os que ficaram na rua. Pouco tempo depois o meu avô faleceu e aí decidimos continuar a sua iniciativa.

Divertimos-nos imenso. Só pensar que existem pessoas que têm medo de se chegar perto deles revolta-me pois eles só querem ajuda e alguma compreensão, não fazem mal a ninguém. Eles não deixam que lhe tirem fotos e é compreensível. Então, como tinha de realizar este trabalho, reuni alguns amigos e saímos à rua vestidos de mendigos; sentamo-nos em frente de uma dessas vitrinas e tiramos fotografias. Foi uma tarefa recheada de dificuldades pois apareceram os agentes de segurança pública e tentaram impedir-nos; lá lhes explicamos que se tratava de um trabalho para a escola e conseguimos tirar as fotos para ilustrar o meu cartaz.
Mariana Teixeira
ESCV CNO 2009

Músicas no Natal


Em casa, no trabalho, em viagem, os sons de Natal chegam até nós!
Os sons repetem-se e com eles algumas recordações, lembramos momentos que ficaram, mas que a memória traz para o presente, como se de um presente se tratasse, e as emoções invadem-nos na esperança de que este Natal seja o melhor de Todos e para Todos.

O meu cartaz, claro, é sobre a música na época Natalícia.

A Professora, como me via indecisa, propôs que eu falasse das músicas de Natal. Adorei a ideia! Tive algumas dificuldades para encontrar músicas de que gostasse, além daquelas que já se ouvem há muitos anos como Noite Feliz e o Sino de Belém,...o ideal seriam músicas mais recentes!

Então resolvi pedir ajuda às rádios que mais ouço. Enviei e-mails para as rádios nacionais, para o programa “café de manhã” da RFM, à rádio Vizela e qual não foi o meu espanto quando me responderam! Enquanto aguardava respostas das rádios, ia procurando na Internet, ouvindo as músicas mais populares e ia anotando as que gostava e as que eram sugeridas ou recomendadas.

Embora a música moderna seja cada vez mais ouvida, e grupos célebres de música pop e rock tenham criado excelente música de natal, as pessoas continuam ainda a gostar de ouvir os velhos clássicos!

Isabel Ribeiro
ESCV CNO 2009

União Informática


O telefone e o telemóvel, a televisão e o computador, todos podem contribuir para a união de gerações. Se são os mais experientes que têm vindo a oferecer aos filhos, aos netos, aos sobrinhos, aos afilhados, aos amigos, tudo o que a tecnologia comporta num equipamento, sãos os ofertados que agora podem retribuir… Todos precisamos de estar ligados, por isso é preciso oferecer cursos de informática, ou simplesmente um minuto de generosidade para com a avó, a mãe, a tia ou quem precisar. Assim ligamo-nos uns aos outros e todos aos resto do Mundo.

Quando recomecei a estudar, a maior dificuldade que encontrei foi justamente trabalhar com o computador, tendo que recorrer com frequência à ajuda da minha filha. Pouco percebo das novas tecnologias da informação e comunicação e este projecto foi uma excelente oportunidade para iniciar a minha aprendizagem nesta área da minha formação.

Como eu, há muitas pessoas adultas com muita vontade de aprender e que não querem ser excluídas das novas tecnologias, independentemente da idade que possam ter. Decidi desenvolver um cartaz que sensibilize os jovens e os mais velhos para a importância de se unirem, de se ligarem ao mundo através dos equipamentos. Assim, quando recebem um telemóvel ou um computador que não seja "só mais um presente" e o usem para comunicar com aqueles que estão longe, para que possam, através de uma simples mensagem, sentir-se um pouco mais perto de nós.

Fernanda Ferreira
ESCV CNO 2009


Um só Presente!!!

O motivo pelo qual realizei este trabalho foi ter sido proposto, neste primeiro Tema de Vida, abordar o impacto das telecomunicações na vivência do Natal. Escolhi elaborar um cartaz incidindo na questão religiosa porque sempre tive curiosidade em saber como se festeja o Natal noutras religiões.


Num mundo globalizado as fronteiras religiosas esbatem-se. Da troca de presentes, às decorações, da figura do Pai Natal à espiritualidade, ninguém fica indiferente às comemorações do nascimento de Cristo. Graças à ajuda das telecomunicações como, por exemplo a televisão, a rádio e a Internet, todos os povos do Mundo sabem quando é o Natal e, embora nem todos o festejem como os cristãos, não lhe são contudo indiferentes.

Os Cristãos festejam a época com a família, e trocam presentes na noite de Natal. Num país Muçulmano, o dia de Natal é um dia normal, no entanto algumas crianças entram na casinha do Pai Natal e nas lojas. Os Judeus têm o ritual de acenderem nove velas, uma por dia, trocam presentes e fazem contribuições para os mais desfavorecidos.Os Budistas ocidentais, no dia 25 de Dezembro comemoram junto da família, e aproveitam o dia para se enriquecerem espiritualmente. E mesmo no Japão, que é um país budista, têm muitas Árvores de Natal e o Pai Natal nas montras das lojas.

António Gomes
ESCV CNO 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Carta...

As telecomunicações trouxeram consigo novas formas de linguagem e comunicação, o que provoca alguma confusão e diferentes reacções na sociedade.

As opiniões são várias. Uns pensam estar a perder-se a integridade da língua (o que na minha opinião tem a sua verdade), outros estão mais abertos a uma linguagem mais prática e criativa.

Recentemente houve um novo acordo ortográfico entre os países de Língua Portuguesa mas não foi consensual, chegando a proporcionar alguns debates públicos. Refiro este assunto porque o aparecimento de novos termos na linguagem utilizada no SMS, com recurso a abreviaturas, transmitindo o máximo de informação com menor número possível de caracteres, poupando assim no preço de envio de mensagens, é muitas vezes apontado como mais uma causa da perda da referida integridade; questiona-se, portanto, se tal conduz à destruição da Língua Portuguesa ou se é um enriquecimento cultural, fruto da evolução tecnológica. Para além das discussões que o assunto gera, certo é que a questão economicista dita os nossos comportamentos: «poupamos» palavras, tempo e dinheiro.
Cristina Alves
ESCV CNO 2009

Afectos Ofuscados

O Natal é propício a algumas reflexões. É um tempo de maior abertura para os outros e para nós próprios. É por esta altura que gostamos especialmente de sair à rua e ajudar os outros. A rua ganha outras cores, outros cheiros, os lugares e o comércio enchem-se de luzes e de cores, a figura do Pai Natal está por todo lado, as pessoas correm de um lado para o outro… é uma festa!
Mas o Natal sem as decorações? Será que faz algum sentido? Essas questões podem levar-nos a comparar o Natal de hoje com o Natal que vivíamos em crianças.

O Natal de outros tempos tinha uma magia e uma inocência diferentes, um cheiro especial. As figuras do presépio eram simples, havia o musgo e o pinheiro, que íamos com o pai buscar ao monte, as prendas tinham uma simbologia e uma utilidade. Tudo isto tornava o Natal muito verdadeiro e sentido. Mas num mundo à escala global, massifica-se o Natal e este ganha outros contornos, as figuras estilizam-se, os pinheiros não têm cheiro, as casas e as ruas iluminam-se de uma maneira nunca antes vista e esquecemos o que o Natal significava… e entramos no mundo do consumo.
...
E, pensando bem, talvez tanta iluminação não tenha outro objectivo senão atrair as famílias ao consumo, por vezes exacerbado, levando-as ao endividamento.

Carla Machado
ESCV CNO 2009