O Natal é propício a algumas reflexões. É um tempo de maior abertura para os outros e para nós próprios. É por esta altura que gostamos especialmente de sair à rua e ajudar os outros. A rua ganha outras cores, outros cheiros, os lugares e o comércio enchem-se de luzes e de cores, a figura do Pai Natal está por todo lado, as pessoas correm de um lado para o outro… é uma festa!
Mas o Natal sem as decorações? Será que faz algum sentido? Essas questões podem levar-nos a comparar o Natal de hoje com o Natal que vivíamos em crianças.
O Natal de outros tempos tinha uma magia e uma inocência diferentes, um cheiro especial. As figuras do presépio eram simples, havia o musgo e o pinheiro, que íamos com o pai buscar ao monte, as prendas tinham uma simbologia e uma utilidade. Tudo isto tornava o Natal muito verdadeiro e sentido. Mas num mundo à escala global, massifica-se o Natal e este ganha outros contornos, as figuras estilizam-se, os pinheiros não têm cheiro, as casas e as ruas iluminam-se de uma maneira nunca antes vista e esquecemos o que o Natal significava… e entramos no mundo do consumo.
...O Natal de outros tempos tinha uma magia e uma inocência diferentes, um cheiro especial. As figuras do presépio eram simples, havia o musgo e o pinheiro, que íamos com o pai buscar ao monte, as prendas tinham uma simbologia e uma utilidade. Tudo isto tornava o Natal muito verdadeiro e sentido. Mas num mundo à escala global, massifica-se o Natal e este ganha outros contornos, as figuras estilizam-se, os pinheiros não têm cheiro, as casas e as ruas iluminam-se de uma maneira nunca antes vista e esquecemos o que o Natal significava… e entramos no mundo do consumo.
E, pensando bem, talvez tanta iluminação não tenha outro objectivo senão atrair as famílias ao consumo, por vezes exacerbado, levando-as ao endividamento.
Carla Machado
ESCV CNO 2009