quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

SMS Pessoal ou Global ?

Decidi fazer um cartaz sobre as mensagens que se enviam na altura de Natal, pois nesta época o recurso a estas mensagens é ainda mais exagerado. É um apelo para que a cada mensagem corresponda uma intenção, verdadeira e generosa, pois julgo que de outro modo essa mensagem não fará sentido.

A cada dia que passa recebo cada vez mais mensagens, muitas desnecessárias e de que não gosto. E julgo que ninguém deve gostar é de receber mensagens repetidas, aquelas que se mandam a toda a gente e que se podem descarregar, mediante um "pequeno" pagamento, para o telemóvel. Com estas novas tecnologias da comunicação, onde as mensagens de qualquer rede são ou dizem ser gratuitas, é cada vez mais natural receber e enviar mensagens de todos e para todos os que nos rodeiam, mensagens de informação, de publicidade e mensagens de amizade. “No ano passado por altura do Natal, andaram a circular de telemóvel em telemóvel mais de 628 milhões de mensagens escritas de boas festas. Os portugueses estão rendidos a esta forma de comunicar e é agora nas festas que o utilizam mais amplamente.Uma nota para o facto importante de que estas mensagens sobrecarregam as redes e podem dificultar o envio de mensagens e chamadas urgentes.

A meu ver, é claro que as operadoras comerciais estão empenhadas e muito interessadas na "globalização das mensagens". A falta de originalidade das pessoas também faz com que usem mais essas "receitas", impessoais e estereotipadas, enviando-as todos os anos para todos. Muitas pessoas têm a intenção de comunicar um pensamento ou sentimento, mas não se sentem capazes de o expressar e reproduzi-los na mensagem, daí que recorram às palavras de outros. Neste sentido, até percebo que o façam, mas seria preferível optar por uma mensagem mais simples e mais autêntica.

Na altura do Natal, o desejo mais comum é querer estar com todos ao mesmo tempo, amigos e colegas, clientes e fornecedores, esquecendo-nos muitas vezes que na noite de Natal deveríamos ter um jantar em família, em vez de passarmos esse tempo com o telemóvel na mão, mandando mensagens e não dando o devido valor aos que estão à mesa connosco.

Roberto Faria
ESCV CNO 2009